1. |
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Bem armados, mas, descalços
O velho mundo caducou
Não haverá mais poesia
Pra depois de Abril
Mas eu te chamo pelo nome
E você ainda sorri
Ainda que eu pise nos seus pés, você me chama pra dançar?
Ainda que eu pise nos meus próprios pés, me chamará?
Seguiremos o plano de vivermos sem medo de nos
Esperançar
Não acredito em generais
Ou em messias de fuzil
Mas eu confio em sua boca
Pois ela grita
Ainda que eu pise nos seus pés, você me chama pra dançar?
Ainda que eu pise nos meus próprios pés, me chamará?
Seguiremos o plano de vivermos sem medo de nos
Esperançar
Você não para de girar, sobre as ruínas
É só o Caos, meu bem. É entropia
Amanhã já vamos escavar
Os fósseis desses dias
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2. |
Judas Dançarino
04:37
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Judas Dançarino
Aprendi a ler com a tempestade que voltava todo mês
Então pensei ser
Natural
Reconhecer num mundo em poucas cores, um patife,
Um homem mal
Os monstros que eu jurava combater
Hoje estão em minha tv
E fazem propaganda na hora do jantar
Onde viviam os vilões, os inventores de grilhões?
O mundo não mudou, eu que não o reconheço
Se eu investigar e descobrir
que já fiz parte da quadrilha de capangas
que batiam nos heróis?
E
Se eu me olhar bem
E Me reconhecer
Vou me desmascarar?
O velho já está para morrer, e o novo nem nasceu
E neste lusco fusco, já não sei quem sou
Onde viviam os vilões? procuro em tantas multidões
Eu olho o abismo e
O abismo me sorri
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3. |
Afinação do Mundo
05:26
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Afinação do Mundo
Deuses de plástico
Irão nos guiar
Postos de gasolina
Serão nosso lar
E o que me resta a dizer?
Amém
Latas de refrigerante
O bálsamo que cura
Sábios tão ignorantes
Estão a nos procurar
E o que eu tenho a oferecer?
Amém
Há um ruído sagrado
Um descaso
Um Estado
Nas rodas vivas da morte
Caronte nos leva de trem
Há Um império sonoro
A importunar
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4. |
MOLOTOV
04:38
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Molotov
Se eu plantar Minas terrestres
E adubar com pesticidas
E regar com a nossa dívida
Vou colher
Tanques de guerra
Vou colher
O que sobrar da nossa pele
A minha comida é sempre crua
E temperada com anzóis
Quando a garrafa, ainda inteira, encontra o chão e se estilhaça
Todo caco de vidro se torna uma ameaça
Se eu plantar Minas terrestres
E adubar com pesticidas
E regar com a nossa dívida
Vou colher
Tanques de guerra
Vou colher
O que sobrar da nossa pele
A minha comida é sempre crua
E temperada com anzóis
Quando a garrafa, ainda inteira, encontra o chão e se estilhaça
Todo caco de vidro se torna uma ameaça
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5. |
Galileu
04:30
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Galileu
Galileu anda com os olhos abertos
Sem medo do escuro
Quando as estrelas se achavam
Coladas no céu
A gritaria desses senhores covardes
Não me deixa confuso
Estou centrado e inquieto
Uso minha paz de canhão
Meu coração mede um punho fechado
E eu não temo usá-lo
Se meu silêncio é derrota
Eu não vou ME perder
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Carros Voadores e os seus Homens Radioativos São Paulo, Brazil
Duo faz-tudo da Província Carrocrática do Tucanistão, SP. Misturam as experiências das periferias paulistanas aos quadrinhos e ficções científicas, janeladas de ônibus e pedaladas de bicicleta, guitarra e bateria, voz e theremim. Acreditam no poder popular e escutam Belchior, Él Mató a un Policía Motorizado, Wilco e Warpaint. O que deu foi feito em casa, o que não deu foi parcelado. ... more
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